A Lesão Medular se caracteriza pela interrupção parcial ou total do sinal neurológico, através da medula e resulta na paralisia e ausência da sensibilidade da área afetada para baixo, além de alterar as funções do sistema: urinário, intestinal e autônomo.
Ela é um dos mais graves acometimentos que podem afetar o ser humano e que repercute não apenas no físico, mas também no psíquico e social. Todas as alterações contidas no canal medular (medula, cone medular e cauda equina) são chamadas de lesão medular.
Cada nível da lesão apresenta um nível neurológico, esse que é determinando pelo último nível da medula com atividade motora e sensitiva normal, essa característica funcional é a meta mínima de funcionalidade a ser trabalhada pela Fisioterapia Neurofuncional.
A qualidade de vida após a lesão medular está associada fortemente com à qualidade e quantidade referente a abordagem fisioterapêutica, a qual deve ser solicitada desde a fase aguda – inclusive na terapia intensiva – não sendo apenas baseada nas técnicas respiratórias, mas também as que previnam complicações que podem ter efeito sobre a autonomia do paciente, o impedindo frequentemente retornar ao convívio social.
A intervenção da Fisioterapia Neurofuncional como já citamos acima deve trabalhar a funcionalidade do paciente, mas também as amplitudes articulares e o fortalecimento muscular acima do nível da lesão. Também é fundamental que a fisioterapia tenha como objetivo utilizar o potencial adaptativo demonstrado através da escala ASIA na zona de preservação parcial do paciente com foco em otimizar a função e promover sua independência.
Mas o que é a escala ASIA?
A American Spinal Injury Association (ASIA) publicou e validou os padrões internacionais para a classificação neurológica e funcional das lesões medulares de cada paciente. Esse modelo de escala é atualmente considerado de excelência e permite que os profissionais classifiquem a lesão dentro de uma extensa variedade de tipos, os auxiliando ao determinar o prognóstico e o estado atual do paciente.
A escala de restrições da ASIA utiliza os exames neurológicos para classificar os tipos de lesão dentro de cinco categorias:
A – Lesão completa, ou seja, não existe função motora e sensitiva nos segmentos medulares abaixo da lesão.
B – Lesão incompleta, a sensibilidade – total ou parcial – está preservada, porém sem função motora abaixo do nível neurológico.
C – Lesão incompleta, apresenta preservação da função motora abaixo do nível da lesão com a maior parte dos músculos-chave com grau de força menor que 3.
D – Lesão incompleta, apresenta preservação da função motora abaixo do nível da lesão com a maior parte dos músculos-chave com grau de força maior ou igual que 3.
E – Função normal, ou seja, a função motora e sensitiva apresenta normalidade.
A fisioterapia neurofuncional tem como propósito melhorar a mobilidade, fazendo com que o paciente realize mudanças como sentar-se com o menor apoio possível, estimular o equilíbrio e realizar transferências como da cama para a cadeira de rodas, sempre com foco em ajudar na independência e bem-estar do paciente.
Se em sua família existe caso de Lesão Medular ou se você tem alguma dúvida entre em contato conosco pelo número 11 96038-5169 ou agende online a sua consulta através do nosso site: www.balancefisioterapia.com
Vamos juntos melhorar a qualidade de vida de quem precisa de nós.